Introdução: No sentido etimológico, a psicologia seria a ciência da alma ou o estudo da alma. Teles (2003) define a psicologia como a
ciência que busca compreender o homem e seu comportamento, para facilitar a
convivência consigo próprio e com os o outro. “Pretende-se fornecer subsídios
para que ele saiba lidar consigo e com as experiências de vida.” (pág. 9). Como
destaca Figueiredo (2005) psicologia não existe no singular. O que há são
inúmeras maneiras de conceber o campo do “psicológico” e outras tantas maneiras
de se inserir nesse campo, intervindo nele, praticando “psicologia”.
Desde o começo do desenvolvimento da humanidade, o homem tem se preocupado em conhecer cada vez mais ampla e profundamente o seu mundo, com vista a domina-lo e transformá-lo. Nenhum fenômeno escapa ao seu interesse, incluindo ele mesmo.
Desde o começo do desenvolvimento da humanidade, o homem tem se preocupado em conhecer cada vez mais ampla e profundamente o seu mundo, com vista a domina-lo e transformá-lo. Nenhum fenômeno escapa ao seu interesse, incluindo ele mesmo.
O conhecimento sobre o próprio homem resulta ser um
processo sumamente complicado, pois se enfrenta a um fenômeno cujas
manifestações alcançam um nível de organização tal que requere, sem perder de
vista o homem como um todo, seu tratamento particular, delimitando-se assim
campos ou sistemas de conhecimentos sobre as distintas facetas ou manifestações
do ser humano. Por exemplo, a Fisiologia humana, a Antropologia, a Sociologia
entre outras.
O universo
das manifestações humanos que se produzem no processo de interação entre o
homem e o seu mundo, sempre tem constituído fonte de interesse um grupo de
questões: Como o homem pode conhecer o mundo que lhe rodeia? Como pode
conhecer-se a si mesmo? Porque as mesmas circunstâncias ou acontecimentos
provocam estados e respostas diferentes nas pessoas? Como explicar que o homem
consiga criar algo novo? O que impulsa a actuar? A lista de perguntas seria
praticamente interminável, pois o homem, desde sempre se formulava estas
interrogantes e tem abordado as possíveis soluções a eles. Ao mesmo tempo se
foi levantando novas inquietações com respeito a seu mundo espiritual.
Quando nos referimos ao que o homem sente, percebi,
recorda, pensa, imagina, teme, deseja
aspira, etc., nos estamos dando lugar ao tratamento dos fenômenos da psique
humana. O ramo do conhecimento que se ocupa de todo relacionado com os fenômenos da psique é a Psicologia.
Os conhecimentos psicológicos são tão antigos como o
próprio homem ( o primeiro sistema de conhecimentos psicológicos encontramos já
na antiguidade no tratado de Aristóteles “ Sobre a alma”), mas a Psicologia não
era Ciência independente até a segunda metade do século XIX. Antes de
estabelecer-se a Psicologia como ciência independente, era considerada uma
disciplina filosófica, apesar da acumulação dos conhecimentos psicológicos teve
lugar em muitos campos do trabalho intelectual da humanidade.
Porque
se estabelece a Psicologia como ciência independente nesta época?
A explicação a esta interrogante a encontramos em dois (2) factores
fundamentais:: económico-sociais e lógico-científicos.
Factores
Económico- sociais
Os avanços da Psicologia em todas as épocas têm sido
dependentes directamente das necessidades da prática social. Sua própria
transformação em ciência independente foi estimulada pelas necessidades práticas
da produção capitalista, que exigia a utilização mais efectiva do “ factor
humano”. Com o florescimento do capitalismo, com vista aperfeiçoar o
desenvolvimento do processo produtivo, era necessário também aperfeiçoar a
preparação da mão-de-obra qualificada que exigia o novo nível alcançado pela
produção. Se impuseram, portanto, tarefas que não podiam ser feitas sem
desenvolver o estudo do homem em todos os seus aspectos, incluindo o
psicológico.
Por todo isso
é que na segunda metade do século XIX, como nível de desenvolvimento alcançado
pela introdução capitalista, se dão as condições objectivas de carácter
económico-social que impulsiona o desenvolvimento dos conhecimentos
psicológicos até o nível necessário para assentar as bases da construção da
Psicologia como um sistema de conhecimentos psicológicos.
A análise dos factores económico-sociais demonstra
que a ciência rompe activamente a vida
social e modifica suas formas, mas não constitui de nenhum modo uma força
situada em cima da sociedade; ao contrário, engendra com ela, reflecte as
necessidades e as tendências do desenvolvimento social. Esto se torna evidente
no surgimento e desenvolvimento da Ciência psicológica e acontece o mesmo para
todas as Ciências.
Factores
lógico- científicos
Apesar do surgimento e desenvolvimento de todas
ciências( incluindo a Psicologia), as mesmas estão submetidos acção dos factores económico-sociais, estes não esgotam por si
só a explicação do surgimento e desenvolvimento das disciplina cientificas. Sem
divorciar-se das condições histórico-sociais concretas, o desenvolvimento da
ciência obedece também a leis próprias, está submetido a factores de carácter
lógico-científicos que exercem uma influência decisiva.
Nenhuma disciplina científica pode existir
isoladamente. O desenvolvimento de uma ciência não seria possível se ficasse
alheia ás demais ciências. Esto tem maior transcendência quando se trata do
surgimento de uma nova ciência, que no pode converter-se em tal a partir de si
mesma pelo seu insuficiente desenvolvimento e portanto é imprescindível
nutrir-se de fundamentos mais significativos de outros campos do conhecimento
cientifico que por sua proximidade de objecto e método lhe podem servir de
suporte para seu próprio desenvolvimento.
A Psicologia se estabelece como ciência a partir de
toda uma serie de feitos científicos em outras ciências que influenciaram
notavelmente em seu desenvolvimento, factos que constituíram as premissas
científico-naturais da Psicologia. Estas premissas se produziram em cinco
líneas fundamentais de desenvolvimento de trabalhos científicos: trabalhos da
Fisiologia Experemental; trabalhos de Séchenov;
Criação da Teoria evolucionista de Darwin; estudos de Galton sobre
diferenças individuais e estudos sobre a realidade psíquica por psiconeurólogos
franceses.
Referências
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M. R., Angulo, M.M., & Mato, D.P. (2008). Psicologia para Educadores. Habana ,Editorial: Pueblo
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925 294 476
Zanella, Andréia Vieira. Psicologia Social e Escola. In: Strey, Marlene Neves...[et al.]. Psicologia Social Contemporânea: livro-texto. Petrópolis: Vozes, 1999.
Fonte: http://artigos.psicologado.com/psicologia-geral/introducao/introducao-a-psicologia#ixzz2hQqtD9uz
Psicologado - Artigos de Psicologia
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